Salvador vai receber dois eventos de saúde no mês de agosto
Foi lançada nesta terça-feira, 4, no Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência (Cepred), a 1ª Feira de Soluções em Saúde, que acontecerá em Salvador de 8 a 10 de agosto, simultaneamente ao Seminário Internacional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Os eventos reunirão produtos, serviços, estudos, pesquisadores, investidores e representantes da sociedade dedicados ao combate, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chicungunya.
As iniciativas fazem parte de parceria entre a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Unicef e Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), por meio do Senai-Cimatec.
Titular da Sesab, o secretário Fábio Vilas-Boas adiantou que a ocasião servirá para o estado apresentar a experiência que resultou na produção, pela Bahiafarma, do teste rápido para detecção essas doenças em até 20 minutos.
Segundo o gestor, esse teria sido o motivo pelo qual a Bahia foi escolhida para sediar a primeira edição do evento. Segundo o secretário, o teste rápido foi viabilizado em um momento em que a sociedade estava aflita com os casos de microcefalia em crianças cujas mães tiveram zika.
Dados
Coordenador de Integração de dados do conhecimento da FioCruz na Bahia, Maurício Barreto avalia que a ideia da feira é colocar lado a lado as várias frentes de combate ao mosquito. Para ele, as epidemias provocadas pelas arboviroses estão longe de desfecho.
“Estamos diante de um problema muito grande no combate às doenças. A questão não está encerrada. Por isso, temos que estar preparados para eventos adiante”, disse. “Temos que juntar toda experiência para entendermos o que está acontecendo e discutir ações para o futuro”, completou.
Coordenador de gestão e integração estratégia da FioCruz em Brasília, o pesquisador Wagner Martins diz aguardar resultados concretos nos dois eventos: “Estamos em um período de observação. É importante que o ambiente acadêmico esteja em sintonia com o setor produtivo”.
A especialista em saúde do Unicef, Tati Andrade, antecipa que a entidade deverá tratar de temas como a reabilitação dos bebês com microcefalia, assim como abordar o direito das crianças e também das famílias. “Desde o aumento do número de casos o Unicef procurou o governo para cooperar, até mesmo porque a entidade é uma das maiores fornecedoras de vacina do mundo”, destacou. “Além disso, nossa preocupação é que as doenças, em particular, afetam muito as crianças”, disse.
A gerente de tecnologia da informação do Cimatec, Josiane Dantas, observa que os eventos colocarão em contato pesquisadores e o setor produtivo.
“É uma chance para trocar conhecimentos, para que essas ideias virem produtos que cheguem às mãos de quem precisa”, pontua.