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Comprometimento com a ética.

Como materializar? A preocupação com a ética corporativa tem aumentado cada vez mais. As discussões sobre Compliance tem se tornado pauta recorrente, nas quais evidencia-se a importância do comprometimento com a ética – principalmente no que se refere a alta administração – para o alcance de um programa de integridade efetivo.

Muitas empresas tem investido esforços para ampliar suas iniciativas e melhorar sua estrutura de Compliance, contudo, por vezes, pode ser difícil materializar e evidenciar tais ações, principalmente no que se refere a preocupação com a ética. Neste ponto, uma ação relevante pode ser o engajamento da Companhia com causas públicas e sociais, como as crescentes ações e pactos globais contra a corrupção e a favor do comprometimento com a ética e integridade, como os lançados pelo instituto Ethos, CGU (Pró Ética), Pacto Global, Transparência internacional e Alliance for Integrity.

Para além de ações corporativas, é importante reforçar que os dirigentes são representantes dos valores e objetivos da Organização, e para evidenciar o comprometimento de tal camada com a ética, é importante que a Companhia fomente a participação dos membros da alta administração em eventos públicos relacionados a temática, visando tanto ampliar sua consciência e conhecimento, quanto torná-los representantes desta causa.

Contudo, deve sempre haver a preocupação para que a empresa não se enquadre no ditado: “casa de ferreiro, espeto de pau”. É possível que, sem as ações adequadas e sem o comprometimento real com a temática, as iniciativas adotadas não reverberem internamente na Companhia, acarretando em um reflexo diverso ao esperado. Deste modo, é importante que o investimento não seja apenas “publicitário”, mas também cultural e educativo.

É preciso que a temática permeie a cultura organizacional. Além do “tone at the top” e do “walk the talk” já tão disseminados, as organizações devem buscar meios de aumentar a curiosidade sobre o tema, a preocupação e comprometimento de todos os stakeholders.

Tornar a ética e integridade temas recorrentes em reuniões e eventos internos, inclusive no que se refere a terceiros, como fornecedores e prestadores de serviços. Conscientizar em treinamentos internos sobre o objetivo das políticas e do Código de ética, tratando as capacitações não apenas como um procedimento padrão, mas como ação essencial para o desenvolvimento de uma cultura ética.

É importante ainda acompanhar e monitorar tais iniciativas, por meio de auditorias e pesquisas de clima que incluam a temática, utilizando-as como um “termômetro” interno, visando identificar a receptividade dos colaboradores em relação ao tema e materializar o retorno dos esforços realizados. Embora grande parte das Companhias busque melhorias em seu programa de compliance visando prioritariamente minimizar o riscos de eventuais punições e sanções administrativas, é importante lembrar que a implementação de um programa de integridade robusto e atrelado à ética agrega valor não apenas no que se refere a riscos legais, mas também contribui significativamente para a minimização de riscos de fraudes internas – através da mudança de cultura e mindset – e melhora na reputação e imagem com o público interno e externo. Diante de tantos benefícios, e da possibilidade de ações que não envolvam investimentos financeiros significativos, não há desculpas para que as empresas deixem de ampliar suas iniciativas em relação ao tema, proporcionando não apenas a melhoria de seu ambiente de trabalho, mas também do funcionamento da sociedade como um todo.

Diniz

Diniz

Esportista, sempre ligado em saúde e moda. Se você já pratica algum esporte ou qualquer atividade física, será um excelente ponto positivo para você, afinal, se preocupar com a saúde é fundamental.