Usuários enfrentam fila e esgotam maconha vendida em farmácias
Os consumidores enfrentaram filas na maioria dos estabelecimentos cadastrados pelo governo uruguaio no primeiro dia de venda de maconha legalizada para uso recreativo no país. A lista com as 16 farmácias que receberam o primeiro lote da droga só foi divulgada na manhã de ontem (19), pouco antes da começo das vendas, às 8h.
Apesar de 60% dos quase 5 mil usuários registrados para comprar a droga legalizada viverem na capital, apenas quatro farmácias em Montevidéu oferecem o serviço – nelas, o produto esgotou. Há, ao menos, 10 dos 19 Departamentos (Estados) que ainda não contam com pontos oficiais de distribuição.
A operacionalização da venda de maconha legalizada era esperada desde dezembro de 2013, quando o governo do então presidente José “Pepe” Mujica aprovou a lei que regulamentou a produção, comercialização e distribuição da maconha, além de legalizar o plantio doméstico e o cultivo cooperativo.
A droga está sendo vendida a 187,04 pesos (R$ 20,61) para cada 5 gramas – preço similar ao praticado no mercado ilegal. Um comprador que preferiu não se identificar afirmou que o principal motivo para ter escolhido adquirir a droga nas farmácias é a qualidade do produto estatal, feito por duas companhias privadas escolhidas pelo governo em uma licitação pública. “Já tínhamos a produção em casa ou nos clubes, mas acho que a opção das farmácias é boa”, disse ele.