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Recife é o Vale do Silício brasileiro

Recife é berço de importantes centros de inovação e do maior parque tecnológico do País, Recife é atualmente o maior polo tecnológico do Brasil. Cada vez em maior número, multinacionais comoIBM, Accenture, Microsoft, HP e Samsung, escolhem a região para instalar fábricas e centros de pesquisa.

Em março do ano passado, foi a vez da Fiat Chrysler. Ela anunciou que instalará um centro de pesquisa e desenvolvimento em Recife, que será localizado dentro do parque tecnológico Porto Digital, fundado em 2000 para fomentar a área de tecnologia de informação no Nordeste.

Desde os anos 70, quando foi criado o curso de Ciência da Computação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a cidade formava um grande número de profissionais qualificados na área de TI, o que gerou de um crescimento de empresas para servir a indústria local.

“Entre os anos 70 e 80, Recife tinha se tornado uma referência regional na área de TI. Mas, com a crise dos anos 90, a cidade perdeu muitas empresas, que faliram ou foram compradas por outras e tiveram de migrar principalmente para as regiões Sul e Sudeste”, explica o diretor de inovação do Porto Digital, Guilherme Calheiros. “Houve uma quebra no desenvolvimento de todo o estado e as pessoas que se formavam saíram daqui.”

Na época, Pernambuco se tornou um dos estados com o maior número de exportações de mão de obra qualificada do País, principalmente para o eixo Rio-São Paulo, e até para o exterior — o que exigiu um movimento para frear esta situação.

Na contramão da debandada de empresas e profissionais, foi criado o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), em 1996, hoje localizado no já citado Porto Digital, criado em 2000.

O C.E.S.A.R. é um centro privado de inovação que desenvolve soluções em todo o processo de geração de inovação em e com tecnologias da informação e comunicação. Hoje conta com mais de 600 colaboradores e oferece incubadoras, cursos profissionalizantes, mestrado e pretende criar cursos de graduação (todos voltados para a áreas de Engenharia, Tecnologia da Informação e Design).

No último ano, o centro faturou R$ 80 milhões e em seu portfólio já passaram grandes empresas como o instituto Coca-Cola e Telefônica VIVO.

Já o parque tecnológico Porto Digital abriga mais de 250 startups, pequenas, médias e grandes empresas e multinacionais que somam mais de 7.100 trabalhadores em uma área de 149 hectares.

O parque é gerenciado de forma privada por uma Organização Social (O.S.) sem fins lucrativos, o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), e conta com incentivo do governo para desenvolver empresas nascentes nas áreas de economia criativa, tecnologia da informação e de desenvolvimento de softwares. O parque totalizou um faturamento de R$ 1 bilhão em 2014.

“Quando os incentivos à tecnologia surgiram, as empresas começaram a crescer, a gerar oportunidades e reter os talentos de Recife”, diz o superintendente do C.E.S.A.R., Sergio Cavalcante. “Por tanto esforço, atualmente Recife é o maior polo tecnológico, em termos de projetos desenvolvidos e nascimento de empresas.”

Fonte: EXAME

Gabriel Pita

Gabriel Pita

Estudante de engenharia da computação na Unviersidade Federal da Bahia (UFBA) é apaixonado pela área de tecnologia da informação, principalmente no que envolve automação e inteligência artificial.